terça-feira, 2 de março de 2010

Pronto

Sandalhitas em couro curtido
Tão fininhas
Mais parece solas da pele
Mais padece em trilhas
Quadrilátero cabe
Pedaço de um arbusto
Verdes fugidios
Algumas pinceladas
Escorregadas... congeladas
De marrons


Estagnei
Virei tudo ao avesso
Tinha documentação não
Malfazeja
Cabra da peste
Muié de beira de forno
Há! Se te pego
Ô, que idéia!?!


Uma sala de reuniões em replay
Pareço ter visto esta cena... não sei
Êta campo minado essa minha alma
Divaga nas estradas
Berro de caminhão
Bronca do fuscão
Vrum.. Vrumm...


Se bem soubesse
Habitava boléias
Seria mais preciso
Que os dias que seguem
Mãos em rebuliços
Esperas


Esse poço sem fundo
Onde vai dar?
Uma galeria
Tantas saídas
Uma intenção
Especulações


Correrias por entre os esgotos
Ratos não se combinavam
Outros se ajuntavam
Num canto adormecido
Aminésias
Esquecimentos
Memórias caquéticas
Depredações
Implosões


Bundas no esmo
Sensações que correm
Qual assaltante
Suores frios
Tensões
Vida
Lobos em círculos
Rituais
Cochichos
Acordos
Conchavos
Morte
Certeira


Breu
Ermo
Um só
Espremido no canto da sala
Onde eu estava mesmo?


Café da manhã com assessores de elevador
Beira da brisa de tua boca
Alucinações
Passos em paralelepípedos
Pelourinho
Porões
Animações


Almas tribais
Tatuagens em fomes
Sensações
Clips rolam nos dedos
Dedos que vem e vão
Bailados... inquietudes


Ruas lotadas
De vazios
Barulhos mudos... surdos


Dona pequena
Meio-fio de madrugadas boêmicas
Estrondo de portas
Luzes inibidas
Enfraquecidas
Sussurram desejos
Vãs
Sorriso debruçado no beijo da menina
Meiguices
Declarações em versos
Portas cerradas
Jardins em flores.... desabrocham
Revelações escorrem por entre os olhos
Escuros
E pronto...

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