quarta-feira, 10 de março de 2010

O Condenado

Ter um labirinto
Em mar aberto
Ajoelhados em intolerâncias
Brutas nuvens selvagens
Enrosco-me
Caem tuas lágrimas
Pranto pálido
Nevoeiro de emoções
Lapido eu
Se cabes
Brotando luzes...
Ribalta
Evidências todas tuas
Vpicios meus.
M e c a n i z a d a s
Tralhas do dia após outro
"Besouro"
Não o que se assenta em fotossínteses
Mas aquele que faz da arte africanizada
Seu esteio, sua virtude
E em espreitada mesquinhez
Avestruz...
Submissões
Grilhões
Açoites
Sempre última palavra
Imperiosas falácias
Marginais... Pilantras
Em cêra de velas
Velas acesas
Murmúrios de odoiás
E em torrentes de areias finas
O oásis
A jogar-se firinamente
Em rochedos congelados
Em mármore estático
Em gestos de "O Pensador"
E que em "Rodin" se calam
A ele interpelam
Sem ter a noção
De que são os vértices de tantas outras visões
São outros prismas
Que embalam esse mundaréu
Que ditam quem é o réu
O condenado

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