segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cio de vontades

Um cio de vontades
Vontades de ti
Me assediou
A noite inteira
Tirastes meu sossego...
Saudade martela
Congela
Degela
Incendeia
Do mel,
A colméia.

Betume do Céu

Em meio
Ao betume
Do céu encantado,
Meus olhos se prendem
Ao libertino desejo
De te beijar o sorriso,
Te afagar a nuca...
Te namorar como nunca.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ovelha Negra

Ovelha Negra,
Uma espécie
Desprovida de sentidos,
Sensaçoes,
Emoções...
Constantes feridas,
Sorrisos amarelos
Cor de Purulento...
Sangrento,
Morimbundo...
Insuportável,
Infindável agonia...
E falta coragem
Pra promover mudanças,
Que te realizem,
Que me aliviem,
Que te alegrem
Em correnteza.

Dor Ferina

Mergulhei
Nas incertezas
De teu paladar
Agridoce
...
Como quem se entrega
Imolado,
Meio louco,
Alucinado
A uma DOR
FERINA,
Sem dela se ater.
Me desiludi...
Esperei por demais
De quem de mim
Se desligou
Gravetos
De uma secura languida
Em esse terreno meu
Fértil
Agora estéril
A florescer
Lágrimas
De um tortuoso amor.

Os Rastros Teus

Não me apetece nada
Aniquilar-me por inteiro...
Aos poucos definhando
Em colheitas severas
Dos teus desejos
Os quais dedicas
Com tanto zelo
A outrens.
De tamanha tristeza
ReFEITA,
EsVAIda,
ReLUZente,
FaMINTA
Tal qual menino remelento
Em meio a aridez da seca
Sarjeta..
Desnutrida esperança
Que bem soubesse
Não teria nascido.
De ti
Não cabe
Esbolçar
Nem diminuta culpa.
Esculpi em ti
A quimera dos meus sonhos,
Em delírios eufóricos,
Boliçosos...
Até tua ceia em família
Reinventei,
Em enredos
E trilhas sonoras
Que me coubessesm...
Mesmo desnuda
Diante de mim,
ReLUTEi,
Te ReCRIEi,
Te ReFIZ...
Perpetua-se
Em cios de insistências
A me entregar
A ladainha
Dos teus confessionários
Itinerantes
Enveredados
Por entre os labirintos
De tua alma...
Desabrochando
O que em mim
É recusa...
E me ponho
À beira da estrada
A te amar
Feito uma louca desembestada,
Assassina confessa
De meus espelhos,
A semear ponteiros
Boliçosos,
Nervosos
A farejar
Os Rastros Teus.

ABOCANHADO LUAR

Trechos de declarações de amor
A Lua protagonizou
Foi. Ela testemunhou!
Desceu a Ladeira Celestial
Em facho de Luz Prateada
Mas ao debruçar meu olhar na danada
Estarreci
Quase esmoreci
Pedaço da Lua abocanhada
Meio acabrunhada
Pedaço inesquecível faltava
Chorava, eu , desconsolada
Era tú que se ausentava
E a mim recitava
Versos que acariciavam
Nuca minha
Nunca tinha
Ouriçado meu prazer
Tão de noitinha assim
A enrubecer
Aquecer
Meu peito em desassossego
Em busca do pedaço que me completa
Estou certa
É você... sol que me alumia,
Noite e dia
Sem cessar.