sábado, 11 de fevereiro de 2012

Os Rastros Teus

Não me apetece nada
Aniquilar-me por inteiro...
Aos poucos definhando
Em colheitas severas
Dos teus desejos
Os quais dedicas
Com tanto zelo
A outrens.
De tamanha tristeza
ReFEITA,
EsVAIda,
ReLUZente,
FaMINTA
Tal qual menino remelento
Em meio a aridez da seca
Sarjeta..
Desnutrida esperança
Que bem soubesse
Não teria nascido.
De ti
Não cabe
Esbolçar
Nem diminuta culpa.
Esculpi em ti
A quimera dos meus sonhos,
Em delírios eufóricos,
Boliçosos...
Até tua ceia em família
Reinventei,
Em enredos
E trilhas sonoras
Que me coubessesm...
Mesmo desnuda
Diante de mim,
ReLUTEi,
Te ReCRIEi,
Te ReFIZ...
Perpetua-se
Em cios de insistências
A me entregar
A ladainha
Dos teus confessionários
Itinerantes
Enveredados
Por entre os labirintos
De tua alma...
Desabrochando
O que em mim
É recusa...
E me ponho
À beira da estrada
A te amar
Feito uma louca desembestada,
Assassina confessa
De meus espelhos,
A semear ponteiros
Boliçosos,
Nervosos
A farejar
Os Rastros Teus.

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